No silêncio da
noite oscilam imagens, vacilam testemunhas sem sorte entre o silêncio e a
morte; esfriam corpos indigentes.
Passos
ecoam pela cidade, a rua molhada reflete anúncios em néon;
duendes
infantis pisoteiam descalços infectas sarjetas, reviram o lixo das latas;
sombras recolhem-se, fragmentos turvos afluem a
um grão mar distante, afoitam-se;
Dirigem-se
clarões a fronteiras distantes.
Há
um matraquear banal na TV nos retendo, tecendo indecisões, fundindo-as;
semáforos
em pane emitem sinais vermelhos, contínuos, forçando frágeis coágulos ...
Uma
nuvem cinzenta, inundando a estratosfera, estaciona sobre a cidade eclipsando
os dias; distúrbios eclodem nos campos e enfermarias.
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